É quase impossível falar em tecnologia e startups e não pensar imediatamente no vale do silício, que fica nos EUA e abriga empresas símbolo desse setor, como Google, Amazon e Apple.
Mas talvez você não saiba que Israel recebeu o título de Startup Nation: A Nação das Startups.
Daqui já saíram milhares de startups bem sucedidas, como o Waze, que todo mundo usa pra se orientar no trânsito, e foi comprada pelo Google em 2013 por mais de um bilhão de dólares.
Achou muito?
Então ouve essa: em 2017 a Intel comprou a Mobileye, aqui de Israel, uma firma especializada em produzir tecnologia de visão computadorizada para carros sem motoristas. O preço que a Intel pagou? Chuta alto!
É provável que você tenha errado: 15,3 bilhões de dólares !
Mas porque será que um país tão novo e pequeno conseguiu se transformar nesse grande celeiro de inovações?
Não existe uma receita pronta para explicar o sucesso de Israel, mas é possível identificar alguns pontos importantes nessa trajetória:
Em primeiro lugar, vale citar a grande ênfase que o país da ao seu sistema de educação e ao valor que a sociedade da ao estudo e conhecimento. Não é à toa que Israel, em apenas setenta anos de história, com uma população de menos de dez milhões de pessoas, já ganhou doze vezes o Prêmio Nobel. O Brasil, com duzentos milhões de habitantes e quinhentos anos de historia, nunca ganhou.
Uma coisa que surpreende é que Israel é um país cheio de empecilhos: só conquistou o território em 1967 por decisão da ONU, que não foi aceita até hoje por seus vizinhos, que vivem em pé de guerra com Israel, os judeus sempre foram perseguidos em quase toda a história e o nazismo é o capítulo mais famoso é horrendo dessa saga, o país é pequeno, semi desértico, não tem petróleo mesmo estando no Oriente Médio e nem mesmo água doce suficiente para abastecer o país.
Dizem que a dificuldade é a mãe da inovação. E é possível que isso se aplique a Israel também.
Por conta da necessidade de manter uma indústria bélica ativa, o país acabou formando muitos engenheiros que utilizaram essa expertise para o desenvolvimento de projeto de ponta em diversas outras áreas.
Alguns dizem inclusive que o tamanho pequeno do país ajuda a construir uma política mais coesa do que um país gigante e muito desigual como o Brasil.
Mas o sucesso de Israel não foi construído do dia para a noite. Desde os anos 80 que o país vem investindo no setor, cortando impostos e incentivando o crescimento de empresas de tecnologia. Aqui o ambiente é muito favorável para isso: suporte estatal, fartura de capital e investidores de todo o mundo e mão de obra muito qualificada.
Mas tem também um outro fator fundamental pra explicar o sucesso dos empreendedores israelenses: o mindset, ou seja, a mentalidade, a cultura empreendedora. Aqui os investidores apoiam uns aos outros, se veem parte de uma imensa rede interconectada e apesar da ótima qualidade educacional da mão de obra as startups dão mais importância mesmo no processo de execução, ou seja, de tirar os projetos do papel e executar. E muitas empresas dão certo, e muitas empresas fracassam de maneira inclemente. Mas o empreendedor daqui não se envergonha dos seus fracassos, ele encara a queda apenas como um percalço no caminho, e continua tentando e empreendendo.
E o Mindset mais importante talvez seja a cultura nacional. Israel é um país pequeno que pensa grande, enquanto o Brasil é um país grande que pensa pequeno.
Fica a lição desse país pequeno e que vive eternamente em guerra com os seus vizinhos.
o Brasil pode mais, muito mais. E o caminho através da tecnologia e da inovação.
*Como sabemos, não dá para pensar no futuro sem investir em inovação. E não somente no que diz respeito à tecnologia, mas também no pensamento novo. Como seus colaboradores e líderes estão sendo inspirados para as inovações? Que tal uma palestra com esta provocação? Entre em contato e solicite um orçamento sem compromisso com Alexandre Correa Lima.