O tema Longevidade está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia. É inquestionável o fato de que o perfil da sociedade está para sofrer uma grande mudança, com mais pessoas maduras e menos crianças.
Por isso, Alexandre Correa Lima teve a oportunidade de contar um pouco mais sobre alguns dos impactos no Vanguarda Comunidade, um programa semanal da TV Vanguarda (afiliada à Globo), apresentado por Carlos Abranches.
O programa foi gravado no dia 12 de junho, mas deve ir ao ar no final de julho. Acompanhe as redes sociais de Alexandre e saiba sobre a transmissão.
Veja aqui, por tópicos, quais são as áreas mais afetadas por essa Revolução Prateada.
Mercado de Trabalho – Num mundo em que vai se viver cada vez mais, e se vai aposentar cada vez mais tarde, como o mercado de trabalho vai se aposentar? E os preconceitos com profissionais acima dos 50 anos? E aquelas pessoas, mesmo aposentadas, mas que se sentem no pleno vigor das suas capacidades físicas e intelectuais e ainda querem se sentir úteis para a sociedade?
Poder de consumo – O potencial do consumidor “prateado” é enorme, e as pesquisas mostram isso. O consumidor prateado vale ouro.
Bônus demográfico – Em 2010 a revista Exame colocou na capa impressa a manchete “(Brasil) 20 anos para ficar rico”, no qual abordava a grande oportunidade que teríamos com o chamado bônus demográfico (um percentual muito maior de pessoas em idade economicamente ativa), e a janela desse bônus começa a se fechar porque o Brasil (como sempre) não fez a lição de casa: não melhorou os patamares educacionais, não qualificou sua mão de obra e não forneceu elementos institucionais para aproveitarmos esse bônus.
Lazer, turismo e trabalho voluntário – A terceira idade costuma ter um grande estoque de um dos produtos mais escassos hoje em dia: tempo livre, e com isso são grandes consumidores de produtos turísticos, por exemplo. Por outro lado, muitos delem usam esse estoque de tempo livre para atividades de voluntariado, por exemplo.
Reforma da previdência – Tema da maior importância, que está na pauta do Brasil (e do mundo), e que tem muito a ver com o aumento da longevidade.
Relacionamentos – A vovozinha não é mais a mesma. A realidade não cabe mais nos nossos velhos estereótipos e preconceitos. As pessoas estão buscando o amor (e o sexo) mesmo nas idades mais avançadas. Os jovens têm o Tinder, os maduros, o site “Coroa Metade”. Estão mais vivos do que nunca, querem usufruir da vida em toda sua plenitude, e isso se reflete nos casamentos. Aqui é possível traçar uma outra pauta incidental, que é a solidão amorosa feminina, porque os homens falecem mais cedo, então à medida que a idade avança, o percentual de mulheres é cada vez maior, chegando em algumas faixas etárias a ser o dobro dos homens.
Políticas públicas – Quais ações o governo deve adotar para que as cidades se adequem para a demografia do futuro? Cidades acessíveis, inteligentes, amigáveis para o idoso. Já até existe um selo que se chama “Cidade Amiga do Idoso”.
Habitação – As casas e apartamentos de hoje em dia não estão preparadas para moradores cada vez mais idosos (e que cada vez mais vivem longe dos filhos) e precisam ser adaptadas ou repensadas.
Design – O design quase sempre foi feito por jovens para jovens, priorizando a forma acima da função. Mas será que esses produtos são “age friendly”? O mercado está inundado de produtos que são inadequados para essa faixa etária da população, com embalagens pesadas ou pouco ergonômicas e rótulos de difícil leitura. Gôndolas de supermercado com produtos pouco acessíveis e geladeiras que o idoso precisa se agachar para pegar uma verdura na gaveta de baixo.
Tecnologia e futuro – Isso para não falar das pesquisas mais recentes, que misturam nanotecnologia, robótica, impressão de órgãos, engenharia e edição genética, dentre uma série de outras invenções, que prometem para breve uma vida de 150 anos, e avanços que nos colocarão no caminho de uma quase imortalidade.
Enfim, o tema é fascinante, cheio de intersecções com os mais diversos assuntos, e, mais do que tudo, temas importantes, que impactam a vida das pessoas, e baseados em dados reais, concretos.
Veja aqui a entrevista na íntegra:
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